SOU ACE, DEMI-BI-SENSORIAL.
Isto está em descoberta desde abril de 2020.
ESTA HISTÓRIA RETRATA, PRINCIPALMENTE, UM NÚCLEO DE CASAIS HETERONORMATIVOS.
Pelo menos, quando a comecei, em 2013.
Já é quase 2022 e ainda estou no processo de escrita e de tentar transmitir esta história em formato animado, portanto, muitos contextos mudaram.
Aprendendo sobre a cultura LGBTQIA+ (e sobre mim, no processo), percebi que alguns personagens têm certos alinhamentos, os quais eu não havia notado e/ou entendido até então. Ei-los:
JACKIE e ALICE: bissexuais | Pelo contato próximo desde a infância, pelo estilo definido para Alice (“Tomboy”), por não serem parentes, mas terem esse espírito de “irmandade”. Seus passados serão brevemente explorados num episódio da 4ª temporada, e esta relação, um tanto implícita durante a série. Os casais “finais” continuam sendo “Jack e Jackie” e “Alice e Shane”, mas esta nuance das duas, não presente ou vista na concepção da história, ficará.
JILL (S3E1) e RUBY (S1E9): lésbicas | Não concebidas como casal em 2013, definidas como um em 2020. Um auxílio para quebrar a dominância de casais hétero, juntas também por esta definição ser compatível com as personagens.
BLACKBIRD (S1E9): aroace | Sua persona é dominante e voltada somente para a música e seus amigos. Mesmo antes de notar isto, a impressão que eu tinha é a de que ele não “combinaria” com mais ninguém, por ter essa vontade, grande demais, de se dedicar a fazer música e nada mais. Outra pista: numa apresentação “feita” para soldados aplacarem a saudade de amores distantes, Blackbird não estar presente.
ALVIN (S2E1), PRESTON (S1E3), BILLY (S1E8): gays.
Alvin, tendo como par de dança somente sua irmã, Lola, não se sentiu representado como parte da dupla, buscando distanciar-se dela e entender sua relação com as mulheres. Seu par será alguém chamado Alonso, que pouco aparecerá pelo pouco tempo de tela de Alvin. (E sim, Alonso é uma referência whovian).
Preston, parte de um grupo de 4 integrantes, não concorda com eles e seus ideais, mas, pelo tempo extenso passado no Exército, aprecia a ideia de estar cercado de espécimes alinhados com o sexo masculino. Billy também, pelo mesmo motivo, além de ter facilidade de decorar nomes e fazer amizades.
A relação de Preston e Billy também aparecerá pouco (tempo de tela), mas terá breve destaque no final da 2ª temporada e pistas aparecendo nos episódios passados neste ambiente.
ANASTACIA (S3E7): ace e demi-bi-sensorial, como eu, pois ela é meu self-insert (inserção da minha própria pessoa na história). Ainda não sei se isso será explorado, mas sua aparição será constante, visto que ela também é um easter egg, como o Caracol de “Hora de Aventura”, que aparece, não necessariamente interagindo, em todos os episódios.
JAZZ, IVAN e RAIN (S3E7): não-bináries | Personagens adicionades em Agosto de 2021, após live no Discord da Luxia sobre representatividade nos desenhos animados. Inserides como convite às pessoas de autoria dessa live, retratades como bem-sucedides e independentes, cobrindo uma lacuna de personagens significativos que eu não tinha concebido até então, e, o motivo de eu fazer este esclarecimento e esta lista.
Sim, a representatividade nos desenhos é muito importante — essencial, até —, e fico feliz de neste momento, 2021, uma variedade de personagens LGBTQIA+ estar aparecendo.
Ao criar esta história, eu, Júlia, não estava tão consciente disto, nem mesmo me identificando com isto. Agora que estou, mantenho o cerne do enredo (foco maior em relações hétero), mas pincelando o que aprendi, pois isso cabe e já estava aqui, eu só não tinha visto.
Se você achar que algum dos motivos dos alinhamentos acima está errado, me deixe saber imediatamente.
Este é um espaço SEGURO à todes queers que por aqui passarem, e, quando não utilizando de linguagem neutra na história (por motivos de linha do tempo no enredo), utilizando-a SIM nas relações comigo.
Sou Júlia, ela/dela, e acredito que toda forma de amor e representação é VÁLIDA. <3
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